Published

Estou amamentando e peguei COVID-19, e agora?

A COVID-19 apesar de apresentar dados controlados neste início de 2023 em relação ao número de infectados e óbitos mundialmente, ainda sim, não está erradicada. Esta infecção continua atingindo uma parcela da população geral, mas também, grupos de risco. Entre eles estão os idosos, imunossuprimidos (pessoas com a imunidade baixa), crianças, gestantes e puérperas. No Brasil não há dados públicos consistentes sobre como a COVID-19 afeta o grupo de risco de gestantes e puérperas. Até o momento, contamos com dados do Observatório Obstétrico Brasileiro dos casos de gestantes e puérperas notificadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (OOBr SRAG). Quando filtramos os dados de puérperas em 2023 nesta plataforma, temos que 224 puérperas foram diagnosticas com SRAG por COVID-19. E nesse período, não podemos esquecer que além das necessidades da puérpera, as necessidades do recém-nascido precisam ser atendidas. Podem surgir diversos questionamentos à puérpera que está especificamente amamentando. Posso continuar amamentando? A COVID-19 passa no leite materno? Quais os cuidados que eu devo tomar com meu bebê para que ele não se infecte? Posso tomar remédios para os meus sintomas sem prejudicar o meu bebê? As puérperas que estão amamentando não precisam cessar este momento, devem continuar amamentando, se sentirem seguras, já que fornece ao bebê nutrientes necessários ao seu crescimento desenvolvimento adequado. Não há estudos satisfatórios de que o vírus da COVID-19 passe ao bebê através do leite materno. Em contrapartida, temos resultados significativos sobre a transmissão de anticorpos contra COVID-19 no leite materno ao bebê. Ou seja, uma mulher que se vacinou durante a gestação ou até mesmo no puerpério para a COVID-19, o seu bebê pode ter recebido uma porcentagem de imunidade pelo leite materno contra o vírus. Enquanto os cuidados para que o bebê não se infecte não são diferentes dos já conhecidos entre a população geral. A puérpera deve manter um distanciamento ao máximo do bebê, e ao se aproximar para exercer os cuidados ou amamentar, deve realizar sempre a lavagem completa das mãos com água e sabão e também fazer o uso de máscara. Quanto aos medicamentos que a puérpera venha a utilizar para aliviar sintomas de febre, dor no corpo, enjôo, entre outros, deve haver uma orientação médica de acordo com cada caso. Visto que, algumas medicações são proibidas durante a amamentação. Assim, puérperas podem dar continuidade a amamentação de forma segura sem infectar o seu bebê ou precisar interferir nas necessidades dele.


Jozéli Fernandes de Lima Enfermeira Contato: jozeli-lima@hotmail.com Graduada pela Universidade Federal de Santa Maria, Mestranda pela mesma instituição desenvolvendo uma pesquisa sobre gestação e COVID-19, Especializanda em Saúde Materna e Neonatal pela Universidade Franciscana e tutora de sala da graduação em Enfermagem na UNOPAR-Santa Maria.

Quer participar?

Lucas

Posted

Parabéns

Maria

Posted

Belo artigo.

tsSLAueP

Posted

555

tsSLAueP

Posted

-1' OR 2+168-168-1=0+0+0+1 --

tsSLAueP

Posted

-1' OR 3+168-168-1=0+0+0+1 --